José Celso Martinez Corrêa, conhecido como Zé Celso, nasceu em Araraquara no dia 30 de março de 1937.
Dramaturgo, ator, diretor e fundador do Teatro Oficina é reconhecido como um dos principais criadores do teatro brasileiro.
Nos anos 1970, influenciado pelas experiências da contracultura, ganha destaque como importante expoente da comunidade teatral e com montagens de criações coletivas. Sua presença e atuação contribui com a história do teatro nacional, influenciando gerações.
Estuda na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e funda o Grupo de Teatro Amador Oficina, no final da década de 1950, o maior ícone nacional da dramaturgia. Zé Celso dedicou mais de seis décadas à sua obra, o Teatro Oficina.
O teatro enfrentou um incêndio no período da ditadura e seus integrantes foram perseguidos pelo regime militar. Em 1974, Zé Celso partiu para o exílio em Portugal, depois de ser torturado. Ele retornou ao país em 1978. Nos anos 80 se dedicou a pesquisas e oficinas.
Em 1991, Zé Celso retoma a cena em As Boas, de Jean Genet (1910-1986), em que atua ao lado de Raul Cortez (1931-2006) e Marcelo Drummond (1962), seu novo companheiro de trabalho, que o acompanha nas décadas seguintes, dividindo a gestão da nova fase do grupo.
Sob a liderança de Zé Celso, o grupo segue suas atividades ao longo das décadas de 2000 e 2010. Zé Celso é um dos mais importantes intelectuais e lideranças do teatro brasileiro, com grande influência também em outras áreas artísticas, como o cinema. Com carreira longeva e em constante evolução, sem receio de experimentações, exerce uma construção cênica que provoca atores e públicos, além de ter a realidade política e social do país sempre como norte de seus trabalhos.
Referências:
Liniker de Barros Ferreira Campos nasceu em Araraquara no dia 3 de julho de 1995.
Cantora, compositora e atriz brasileira, na infância, é criada pela mãe, que dá aulas de samba-rock e lhe ensina alguns movimentos. A atividade da mãe e o contato com os tios compositores de samba são influências que carrega quando começa a compor anos mais tarde.
Cursa a Escola Livre de Teatro de Santo André, em 2014, e começa a compor aos 16 anos. Se declara influenciada por Paula Lima (1971), Clube do Balanço, Originais do Samba e pelas cantoras estadunidenses Etta James (1938-2012) e Nina Simone (1933-2003).
Em 2015, grava o EP Cru, com três músicas, acompanhada da banda Os Caramelows. Todas as composições são de Liniker. Em outubro, os clipes das músicas são lançados em plataforma de compartilhamento de vídeos e, em apenas cinco dias, alcançam um milhão de visualizações.
Em 2016, Liniker e os Caramelows lançam o primeiro LP, Remonta, que inclui as três faixas de Cru. Algumas composições são baseadas em antigas cartas de amor escritas por Liniker. Na faixa título, a primeira do repertório, mais uma vez sua voz ganha destaque e a audição causa impacto e prepara o ouvinte para a experiência que se repete nas outras onze faixas: a técnica apurada no canto, com um timbre facilmente reconhecível e que transita sem dificuldade por diversos tons.
Entre 2016 e 2018, o trabalho ganha visibilidade fora do Brasil. Liniker faz turnês pela Europa, América Latina, África e Estados Unidos. O público estrangeiro aprecia sua música mesmo sem compreender as letras em português.
Em 2019, lança Goela Abaixo. O trabalho agrega elementos da música caribenha e africana. Essa abertura musical se reflete também nos idiomas que ela escolhe para cantar: Goela Abaixo traz versos em inglês (em “Beau”) e espanhol (“Calmô”).
Em setembro de 2021, lança seu primeiro álbum solo, “Índigo Borboleta Anil”, que conta com as colaborações de Milton Nascimento e Tassia Reis. A cantora venceu o prêmio na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira de 2022 com o disco “Indigo Borboleta Anil”, e se torna a primeira artista transgênero brasileira a vencer um Grammy Latino.
Ainda em 2021, Liniker vive Cassandra, primeira protagonista na carreira da atriz, na série brasileira ‘Manhãs de Setembro’ da Amazon Prime Video. Graças ao papel de Cassandra, Liniker recebeu diversos prêmios, entre eles “Atriz do Ano” no “Prêmio Geração Glamour”, “TV e Streaming” no “Prêmio Arcanjo de Cultura” e “Melhor Atriz Série (Brasil)” na primeira edição da “CCXP Awards”.
Referências: